sexta-feira, março 23, 2007

Câmaras da Madeira triplicam dívidas em dois mandatos

(reformulado) Hoje, o Público indica que “Câmaras da Madeira triplicam dívidas em dois mandatos”.
Recorrente o ataque e o negativismo de todas as suas notícias. De Tolentino. No Público.

Em Janeiro de 2006, Tolentino de Nóbrega fez, neste mesmo Público, um trabalho sobre as dívidas das Autarquias Regionais. Avançou com um número (161,9 milhões) dentro dos limites de endividamento, entretanto congelados desde 2003. Que era um número enorme, penalizante e que multiplicava por nem sei quantos o endividamento apurado num qualquer ano anterior. O costume.

O que faz agora?

Avança com outro valor de dívida: 195 milhões. Que triplicou em dois mandatos. Pois em 1998 eram 66,3 milhões. Matéria para títulos bombásticos. Nas duas vezes.

Agora, juntemos a informação: 66,3 em 1998 ; 161,9 em 2003 ; 195 em 2006.
Qual o problema? Se os limites da lei foram cumpridos?
Nenhum.
Nenhum?
Perdão. Sim. Apenas um: a má-fé do jornalista.

Já agora, a dívida do Metro de Lisboa…
Serve sempre como comparação: mais de 3 mil milhões (3.000.000.000) de euros…

Nota: texto reformulado. Onde se lê 161,9 antes, lia-se 320. A notícia do Público de Janeiro de 2006 referia-se, realmente, a 320 milhões de dívida da Madeira e Açores. Na prática, em nada se altera a conclusão tirada: o jornalista, ao "pegar" no valor de 1998 ( e não de 2003) para a comparação de valores, procurou obter impactos públicos distorcidos, com a má-fé que o caracteriza no seu trabalho.

terça-feira, março 20, 2007

SÓCRATES TIRA MILHÕES ; PP ACHA QUE SÃO TOSTÕES

(como evidencia a sua abstênção a 30/11/2006, quando a lei foi votada na Assembleia da República)

O cartaz eleitoral do PP, tão elogiado pela sua simplicidade, esconde uma realidade simples: o PP é um dos maiores responsàveis pela publicação da referida lei. Ao se abster, dando nota daquele ser (para si) assunto de pouca importância, retirou o PS do isolacionismo que lhe poderia ser atribuído na defesa da lei, negada por TODOS os outros partidos. O que poderia ser "lido" pelo PR como uma "teimosia política" de Sócrates, dando-lhe força para uma não promulgação por motivos políticos.
Negada por TODOS os partidos da posição? Não. Infelizmente não. O PP deu essa abébia.
Os madeirenses precisam de saber isso.

domingo, março 04, 2007

O PP, Portas e a Madeira

O PP está em ebulição. Após um período de contenção, Portas descomprimiu-se e avança para a liderança. Disse que queria lá chegar a tempo de "ajudar os seus amigos da Madeira".
José Manuel Rodrigues já disse que quer ver apressado o processo de definição da liderança a fim de o ter clarificado e definido aquando da campanha eleitoral.
Ora, Portas quer ajudar. Ajudar em quê?
Até agora só "desajudou". Desajudou a Madeira. Como?
Abstendo-se na altura devida, aquando da votação da Lei de Finanças Regionais.
Ou seja, esteve com o PS, criando uma situação grave para a Madeira ou não deixar que este partido ficasse isolado na defesa da lei.
Se toda a oposição estivesse estado contra a lei, a posição unilateral e isolada do PS poderia ser interpretada como acto de acção partidária contra a Madeira pelo Presidente da República, o que poderia ter dado outro destino à lei.

O PP não o permitiu, abstendo-se.
Portas e o PP serão (quase) tão "culpados" no processo como o PS.
É preciso ter esta situação muito presente, pois vão tentar a todo o custo branquear a situação na próxima campanha leitoral. Que estavam com os Açores, que o PP regional tinha manifestado a sua oposição, etc.

Para eles, basta fazer a pergunta correcta: como votaram a LFR? A favor da Madeira?
Não.
Então, quem não está conosco, está ... contra nós.
Essa é que é a verdade. Tudo o resto, serão manobras para despistar.