O artigo de hoje, no Público, de Joaquim Fidalgo vem desfazer as dúvidas sobre quem anda a fazer renascer o fantasma da independência da Madeira.
Resumindo, vai dizendo que gostava de ver serem realizados dois referendos sobre essa possibilidade, no Continente e na Madeira. E que achava, que o resultado seria SIM no Continente e NÃO na Madeira. E não diz, mas deixa subentendida a ideia de que NÃO porque não querem dar dinheiro seu à Madeira e SIM para continuar a receber dinheiros do Continente.
Pelo meio lança a ideia que as dívidas da Madeira são sempre perdoadas e que A.J.Jardim está e esteve sempre no poder por via desses dinheiros.
Como sempre, o Público, através dos seus jornalistas e comentadores, acaba por fazer o seu papel (pouco idóneo) de amplificar nacionalmente as mentiras regionais do correspondente local.
Ora, mais uma vez:
1)A Madeira vive com as suas receitas. Do OE vêm 13% do seu orçamento...
2)Só UMA vez o Governo Central (Guterres) pagou uma dívida regional. E não foi favor nenhum à Madeira. Não passou da transferência da parte correspondente à Madeira, das receitas obtidas pelas privatizações de empresas públicas. Que também tinham valor público na RAM...
3)Mas até nesse caso, o favor era a Carlos César. Acabado de aceder ao poder nos Açores, precisava de desafogo financeiro para lançar a sua governação. Foi-lhe concedido. A Madeira teve... porque, senão, ficava mal. Guterres tinha vergonha na cara. Sócrates não tem.
Terminando, ao senhor Joaquim Fidalgo:
Gostaria que se fizessem dois referendos sobre a manutenção (em funcionamento) do Metro de Lisboa. Um em Lisboa e outro no resto do País. Com um passivo de 3.100.000.000 de Euros é um sorvedouro de recursos, desperdício e despesismo. Muito provavelmente a resposta seria SIM fecha-se, no resto do País e NÃO, mantêm-se, em Lisboa. Eu responderia sim. Afinal, não estou lá, não me serve para nada e gasta (e muito), agora muito mais, o dinheiro dos impostos que pago...
Finalmente, o tal seu referendo, Sr.Fidalgo, na Madeira, dava Portugal. Porque a Madeira é Portugal. E na Madeira constroi-se Portugal. E, para seu desprazer, melhor do que no resto do País. Pelo que não saímos. Ficamos e lutamos. Pelo que é nosso de direito.
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