quarta-feira, agosto 08, 2007

O desplante

O inefável Eduardo Prado Coelho de quando em vez lembra-se da Madeira nos seus escritos "públicos". Desta vez opina sobre a Lei IVG.
Antes, diz que AJJ parece uma ficção retirada de um filme de terror com duendes e vampiros, que é grosseiro e mal criado, demagogo nato, ignorante e pobrezinho.
A arrogância e a ideia de superioridade de EPC é de rir... pobrezinho.
Volta a referir-se à estrada da Maria. Como se a Maria, por ter sido empregada da família de AJJ não pudesse viver num sítio com estrada... tal como têm beneficiado dezenas de milhares de outras famílias em centenas de novas estradas construídas na Madeira. Pelas Câmaras e pelos governos de AJJ...
E passa ao assunto: a Lei IVG.
Primeira questão: a Madeira não cumpre a lei? Mas há mulheres madeirenses que sejam ainda presas por efectuarem abortos? Afinal a Lei 16/2006 consiste concretamente na “exclusão de ilicitude…”.
Segunda questão: a Madeira não tem (ainda) estabelecimentos oficialmente reconhecidos para a sua prática? Não tem. E qual o problema? Essa é matéria regional de opção regional. O SNS não tem actuação na Madeira e o SRS não é obrigado (nem podia ser) a criar qualquer serviço. Esta é matéria de regulamentação e esta é de iniciativa regional. Quando e como quiser… a Madeira.
Ou seja: a lei é cumprida na Madeira.
Os Portugueses votaram a ilicitude e as suas condições. Não votaram a generalização da oferta muito menos nos estabelecimentos públicos.
E neste aspecto, a regulamentação regional até pode seguir outros rumos: a votação do referendo foi, na Região inversa da Nacional.
A RAM cumpre a lei e a ilicitude deixou de existir.
Mas o SRS não tem mesmo que regulamentar e/ou exercer o serviço. Faz se quiser.
Eu defenderia uma oferta particular (clínica) na RAM que faria os abortos. Sustentada pelo SNS que atribuiria o valor determinado para subsídio nesses casos.
E o SRS não interviria. Pois os madeirenses pronunciaram-se votando contra a IVG nos termos referendados.
Mais uma vez: a Lei é válida para todo o território. Certo. Apesar de não terem sido auditados os órgãos regionais, tal como exige a Constituição. Mas a regulamentação e sua operacionalização é matéria de decisão regional. E é isto e só isto que está, neste momento, em causa.
Quer queira, quer não queira EPC. Porque prezamos a vida.

sexta-feira, junho 22, 2007

O Tribunal de Contas e a dívida da Madeira

Claro que não se pode esperar nada de muito idóneo deste TC. Afinal o seu presidente foi Ministro (pelo menos de duas pastas) do PS. Mas mais. É o primeiro presidente desta instituição nomeado (arrogantemente) isoladamente pela maioria, sem acordo (ou consulta) do maior partido da oposição.
Dito isto, a "razão" dada pelo TC ao Ministro das Finança (referida em título de artigo sobre a matéria, hoje, pelo Público) não é inesperada. Pelo contrário.

Diz Oliveira Martins que há um endividamento novo...
Mas que houve, em consequência, uma anulação de despesas ou encargos assumidos, não pagos (dívida administrativa).

Ou seja, há uma dívida nova mas, em troca ou por troca de uma dívida administrativa. Se nos prendermos às meias verdades, está dada razão ao Ministro.

Mas, há outras questões que continuam por responder: uma retenção de verbas não pode ser transformada, impunemente e por critérios políticos ou de guerrilha política em multa.

Essa retenção é de dinheiros da Madeira. Se se faz uma retenção é necessário saber por quanto tempo. Talvez até ser paga a referida dívida? Porque entre retenção e multa a distância é muita. E seria totalmente desporporcionada a multa em face da prevaricação.

Aguardemos novos desenvolvimentos, nomeadamente depois da proposta de tréguas de Alberto João Jardim, agora reforçado por uma ainda maior legitimidade eleitoral.

quinta-feira, maio 10, 2007

Agora, independentista

O inenarrável Eduardo Prado Coelho, no Público de hoje, dá um salto à Madeira. Como sempre com ideias "novas". Então, defende a independência de Portugal face à Madeira. Depois, repete uma história (tendenciosa e mentirosa) que leu ou ouviu algures, de uma inauguração de uma estrada para uma tal de Maria que AJJ já desmistificou ontem na RTP-Madeira. Claro que EPC não vê a RTP-Madeira. Tal como os leitores do Público. Assim, fica para a História e para quem lê o Público que tudo aquilo aconteceu assim... como convém a esta malta.
Parafraseando EPC, "o grande problema..." coloca-se assim: "será que pessoas como estas..." (EPC) "nunca têm dúvidas sobre o que estão a" escrever? "Será que não acordam à noite a perguntar: estarei a fazer bem? Não poderei fazer o contrário do que estou a fazer?"
Ou seja, tentar saber um pouco mais sobre a Madeira (que não apenas o que leio no Público, leia-se, escrito por Tolentino) e então, esclarecido, escrever mais construtivamente?

terça-feira, maio 08, 2007

Eleições para mudar LFR?

Demagogia.
A (manipulada) comunicação social nacional está a querer passar a mensagem socialista de que as eleições foram plebiscito (sobre a LFR) e que a intenção de AJJ era conseguir a sua alteração. Um absurdo nunca referido por ele.
Conseguiram inclusive respostas do Ministro das Finanças e do Primeiro Ministro nesse sentido. Quem não iam alterar a Lei.
Mas quem lhes pediu isso?
Mas mais. Vão dizendo que a reunião de AJJ, marcada com o Presidente da República destina-se a lhe pedir para pressionar o 1º ministro a alterar a lei...
Finalmente, que as eleições, por isso mesmo (porque não foram o bastante para alterar a lei) não serviram para nada.
AJJ já disse que houve eleições porque lhe foi (à Madeira) retirado recursos a destempo. E que, agora, só pretende que lhe libertem mais competências para percorrer outros caminhos, distintos dos dos socialistas, que permita à Madeira continuar a crescer, mesmo que com menos recursos vindos do Orçamento de Estado. Tão só.
Finalmente e mais uma vez: as eleições nada mudaram? Perguntem isso ao PS regional...

Triatlo

Como é usual, Madeira não é Portugal...
O Público de ontem, 7 de Maio informa que se realizou, "pela primeira vez, em Lisboa e em Portugal" uma etapa da Taça do Mundo de Triatlo. Falso.
Em 2004, realizou-se uma na Madeira (Funchal). E nem foi uma qualquer. Foi a mais importante, em termos anuais. Aí disputou-se o Campeonato do Mundo, competição que é realizada apenas uma vez por ano, numa das etapas da Taça do Mundo.
O Público de hoje, numa retrospectiva de carreira de Vanessa Fernandes, refere o 5º lugar que obteve, nessa competição, na Madeira...
Segundo soubemos, não está o Público isolado neste tipo de erros: a própria Federação manteve informação no seu site neste sentido. Incrível...

segunda-feira, maio 07, 2007

Comentadeiros do Público

Sobre as eleições, dois comentários no Público:
No primeiro, Rui Moreira começa por reconhecer obra feita na Madeira. Depois, descamba ao chamar leviano ao eleitorado (que superioridade têm sempre estes comentadeiros...) que garante que Jardim se mantenha no poder. Finalmente, repete a afirmação redundante (como lhe devem pedir que faça quando se refere à Madeira) que o Continente sustenta financeiramente a Região. Será que o homem não sabe para que serve uma lei de financiamento? Que não pode se referir apenas à distribuição de recursos? Porque estes (também) foram recolhidos junto aos destinatários?
No segundo, mais boçal e superfícial, Almílcar Correia, recorre ao argumento socialista de que os resultados se deveram ao cariz plesbiscitário da eleição. Repete (como verdadeira) a ideia mentirosa lançada por Tolentino de que Jardim nem tinha programa e (também) repete que Jardim quer mais dinheiro de Lisboa. Questiona Sócrates pelo desapoio dado a Serrão. E pergunta-se se a situação alterou alguma coisa. Como bom socialista diz que não: "tudo ficará na mesma". Que análise mais errada.
1)Jardim não pediu mais dinheiro. A realidade é que lho retiraram. Através de "multas" justificadas por "interesse público" e de uma nova lei, criada para o efeito (chincana política e garrote financeiro).
2)Jardim tinha e tem programa: o de 2004 que era para cumprir até 2008 e cujo prazo de realização foi alargado até 2011. Afinal, justifica-se fazer o mesmo em mais tempo uma vez que o garrote financeiro lhe foi, a destempo, imposto.
3)Jardim ganhou toda a força que precisava. Agora, até pode ser diplomata com o Continente. E fazer a mudança interna que lhe aprover fazer... E as dificuldades que se viverão no processo de adaptação às novas condicionantes financeiras terão, ainda e sempre, o mesmo culpado: o corte financeiro dos socialistas.
4)Finalmente, nada ficou (para o PS) como dantes. Um nó a desembaraçar. Continuarão culpados de todos os processos de mudança que possam ser levados a cabo.
Afinal, estas eleições não mudam a LFR. Nem era de esperar por isso.
Mas mudam tudo o resto...
Na medida que Jardim quiser. Pois ganhou esse direito.
Por muito que não gostem os comentadeiros do Público.
Tolentino, hoje, foi factual. Como deveria ser sempre.

Lembranças

PSD: este resultado pode não atingir as percentagens de outros, nos anos 80 mas atinge o máximo em votos expressos.
PS:o desastre só tem paralelo nos (mesmos) anos 80 pelo efeito PRD de Eanes.
Pelo que a vitória é mesmo retumbante e a derrota esmagadora. Sem desculpas, nem atenuantes.

domingo, maio 06, 2007

Resposta

Resposta dada pelos madeirenses.
A Sócrates (que dirá que não é com ele...)
PSD 33, PS 7, PP e CDU 2, BE, PND e MPT 1
Vencedor único AJJ.
Positivos PND e MPT.
Normal CDU e BE.
Derrotados PS e PP (aquela abstenção...).

Serrão fez o discurso do mau perdedor mas ... esqueceu-se de reclamar ter tido só 14,89% dos deputados (7 em 47) quando teve 15,42% dos votos. Uma injustiça (:-) que deve ser reparada para haver democracia na Madeira...

Mas, fica. Ufa... o jovem Trindade fica liberto desta travessia do deserto...

sexta-feira, maio 04, 2007

Sem programa?

No encerramento da campanha, Tolentino, no Público dedica duas páginas à curtição de uma enorme frustração.

http://jornal.publico.clix.pt/main.asp?dt=20070504&page=6&c=A

Tendo já interiorizado os resultados das sondagens (os verdadeiros números, no Domingo, não deverão serão tão incisivos), utiliza duas (grandes) páginas do seu jornal para verberar o seu amargo de boca, a espinha da garganta e o engolir em seco no culminar de um processo duro para ele.

Começa por se referir ao facto de Jardim concorrer a novo mandato sem programa de governo. Falso. O Programa de Governo foi apresentado em 2004. Para ser concretizado até 2008. Se as regras (leia-se, financiamento) não se tivessem alteradas por Sócrates, por motivos políticos-partidários (interesse público, diz o MF…): o célebre garrote com vista a 2008… Contas furadas.
O que justificou (“serviram de pretexto” diz Tolentino) as presentes eleições.
Ora, Jardim refere-se constantemente que uma das 6 prioridades é cumprir o Programa vigente, desde 2004. Se com menos dinheiro, logicamente, em mais tempo (até 2011).

Faz a “sua cronologia” negativista (únicos) através dos assuntos mais relevantes que originaram artigos seus no Público ao longo de um ano e que, do seu ponto de vista conduziu o processo até ao momento actual.

Interessante é a afirmação (duplicada em cada uma das páginas) de que a LFR apenas vem “impor o rigor e disciplina orçamental exigidos a todas as instituições do Estado”. Quando, sabemos que ao Continente se exigiu contenção, aos Açores se deu mais dinheiro e à Madeira… tirou-se.

E volta a falar do “perdão de dívida de Guterres à Madeira no valor de 110 milhões de euros”. Quando todos sabemos que isso não aconteceu. O que aconteceu realmente, nessa altura, foi um aliviar de responsabilidades financeiras aos Açores onde César era Presidente socialista recente, precisando de um balão de oxigénio orçamental a fim de se segurar (o que aconteceu) nas eleições seguintes. Como Guterres tinha uma ponta de vergonha na cara (e não tinha uma maioria – arrogante – absoluta na Assembleia) teve que dar o mesmo à Madeira. Pois 110 milhões era a dívida exacta dos Açores e não da Madeira (um pouco maior).

Até Domingo:

O meu palpite, se a mensagem laranja de que é preciso mesmo ir votar e que só se ganha com votos no dia da votação: PSD 60% (31), PS 21%(10), PP 6%(2), CDU 5%(2), BE 4%(1), MPT 3%(1), PND 1%(0).

segunda-feira, abril 30, 2007

As contas de Tolentino

No Público de hoje, Tolentino faz contas à campanha. Não só tem a distinta lata de incluir nas despesas do PSD "donativos indirectos, não contabilizados, que representam os festejos oferecidos pelos adjudicatários das obras públicas", como compara alhos com bugalhos e eleições presidênciais com regionais...
Não satisfeito, envereda por divagações sobre que não devia o GR mostrar a obra feita (o dever de responder pelo dinheiro dos contribuintes, para ele, só é válido para as situações negativas) e ainda, menoriza os factos do PS gastar metade (tem metade da implantação) e de receber um milhão de euros da sede (o PSD usa as suas disponibilidades regionais).
Finalmente, o PS tem uma campanha que supera a do PSD "na qualidade dos tempos de antena e grafismo"...
Nada tendêncioso. Como sempre...

sexta-feira, abril 20, 2007

PS promete 8 mil empregos

Nem Sócrates foi tão longe. Oito na Madeira correpondem a 320 mil no País...
Ora Sócrates prometeu 150 mil, com os resultados que se conhecem.
A demagogia elevada aos máximos.
No mínimo, Serrão deverá explicar onde criaria aqueles novos empregos mas, sem prejuizo ou sobreposição dos existentes...
Ficamos a aguardar explicações. Sentados...

quinta-feira, abril 19, 2007

Interessante...

Os deputados socialistas açoreanos, reconhecendo a interferência nas Autonomias Regionais, quebraram a disciplina de voto na AR e votaram contra a proposta do BE sobre o regime de incompatibilidades dos deputados regionais.
A crise está instalada no grupo parlamentar socialista, noticia hoje, o Público.
Quanto aos deputados socialistas madeirenses (Serrão e compadres), mais uma vez, demonstram ser anti-autonómicos, seguindo as orientações centralistas do seu partido, contra os interesses da Autonomia, da Madeira e dos Madeirenses. Não merecem nada...
Mais um tiro no pé.

Madeira acha que não tem que divulgar devedores...

Hoje o Público volta a carregar na Madeira. Agora sobre a não publicação de madeirenses na lista de devedores do fisco.
A explicação está dada pelo Director Regional e parte do princípio do interesse público da informação que, segundo as entidades regionais, simplesmente, não existe.
Os contribuintes eram 4 e, com a redução dos montantes “listáveis”, passaram a 23.
O Presidente do Governo foi mais conciso e directo: os Estado tem que EXECUTAR. Não divulgar.
Mas o mais interessante é cruzar esta situação com outra.
Recentemente, o mesmo Estado, que divulga estas listas (através dos seus tribunais) processou (multou) o Público por notícia CONFIRMADA como verdadeira sobre o passivo (dívida) do Sporting SAD… Porquê? Porque não era de “interesse público”.
Ver aqui.
Ora, a contradição: se o passivo do Sporting SAD, sociedade cotada em bolsa, com associados, accionistas e simpatizantes, não é de interesse público, onde está o interesse público na dívida fiscal de um contribuinte individual?
E, alargando a questão, dentro em pouco, não se poderá saber (por quem deve informar, ou sejam, os jornais) que o Metro de Lisboa (e do Porto) tem um passivo galopante de vários milhares de milhões só porque alguém (responsável por essa gestão ou pelo respectivo controlo) entende classifica-la (à notícia) de desinteressante para o público.
Rumo à censura…

quarta-feira, abril 18, 2007

A estupidez pessoalizada

Hoje, no Público, Eduardo Prado Coelho afirma:
"Evitemos apenas, ser como Alberto João Jardim, esse extraordinário político madeirense que todos os portugueses gostariam que fosse definitivamente à vida, e levasse consigo a sua amada ilha."

Primeiro: com que direito fala EPC por TODOS os portugueses?
Segundo: "fosse à vida"? AJJ e a ilha?

Esse tipo de escrita e atitude é normal nos socialistas: acham-se sempre donos da verdade absoluta e no direito de falar (paternalmente) por todos os insignificantes cidadãos seus (inferiores) conterrâneos...
Ainda mais estes, da "cultura"...

Com que direito manda a Madeira "à vida"? Não são portugueses como você, os que lá vivem? Em resposta, diria eu: vá você à vida...

quarta-feira, abril 11, 2007

Tiro no pé (2)

Serrão diz que, para ele (PS), Sócrates revê já em 2008 a LFR.
Então a lei era tão boa para a Madeira... Deixou de ser?
Nada que não soubessemos já . Que a LFR é um garrote direccionado a AJJ.
Com consequências para todos os madeirenses.
A prova, da boca de Serrão, sobre a sua desfaçatez. Desde que atinja o PSD vale tudo, com Sócrates e contra a Madeira.
Os madeirenses saberão dar-lhe a resposta...

Tiro no pé

O PS, pelos números 2 e 1, nas suas listas, sucessivamente, asseguram que o PSD vai despedir (muitos) funcionários públicos. O PSD já desmentiu e AJJ brincou com a situação ("sem todos esses funcionários o governo fechava.").
É questão para perguntar: não estará o PS a confundir o governo regional com o (seu) governo nacional. É que aí é assumido esse tipo de acção...

sexta-feira, março 23, 2007

Câmaras da Madeira triplicam dívidas em dois mandatos

(reformulado) Hoje, o Público indica que “Câmaras da Madeira triplicam dívidas em dois mandatos”.
Recorrente o ataque e o negativismo de todas as suas notícias. De Tolentino. No Público.

Em Janeiro de 2006, Tolentino de Nóbrega fez, neste mesmo Público, um trabalho sobre as dívidas das Autarquias Regionais. Avançou com um número (161,9 milhões) dentro dos limites de endividamento, entretanto congelados desde 2003. Que era um número enorme, penalizante e que multiplicava por nem sei quantos o endividamento apurado num qualquer ano anterior. O costume.

O que faz agora?

Avança com outro valor de dívida: 195 milhões. Que triplicou em dois mandatos. Pois em 1998 eram 66,3 milhões. Matéria para títulos bombásticos. Nas duas vezes.

Agora, juntemos a informação: 66,3 em 1998 ; 161,9 em 2003 ; 195 em 2006.
Qual o problema? Se os limites da lei foram cumpridos?
Nenhum.
Nenhum?
Perdão. Sim. Apenas um: a má-fé do jornalista.

Já agora, a dívida do Metro de Lisboa…
Serve sempre como comparação: mais de 3 mil milhões (3.000.000.000) de euros…

Nota: texto reformulado. Onde se lê 161,9 antes, lia-se 320. A notícia do Público de Janeiro de 2006 referia-se, realmente, a 320 milhões de dívida da Madeira e Açores. Na prática, em nada se altera a conclusão tirada: o jornalista, ao "pegar" no valor de 1998 ( e não de 2003) para a comparação de valores, procurou obter impactos públicos distorcidos, com a má-fé que o caracteriza no seu trabalho.

terça-feira, março 20, 2007

SÓCRATES TIRA MILHÕES ; PP ACHA QUE SÃO TOSTÕES

(como evidencia a sua abstênção a 30/11/2006, quando a lei foi votada na Assembleia da República)

O cartaz eleitoral do PP, tão elogiado pela sua simplicidade, esconde uma realidade simples: o PP é um dos maiores responsàveis pela publicação da referida lei. Ao se abster, dando nota daquele ser (para si) assunto de pouca importância, retirou o PS do isolacionismo que lhe poderia ser atribuído na defesa da lei, negada por TODOS os outros partidos. O que poderia ser "lido" pelo PR como uma "teimosia política" de Sócrates, dando-lhe força para uma não promulgação por motivos políticos.
Negada por TODOS os partidos da posição? Não. Infelizmente não. O PP deu essa abébia.
Os madeirenses precisam de saber isso.

domingo, março 04, 2007

O PP, Portas e a Madeira

O PP está em ebulição. Após um período de contenção, Portas descomprimiu-se e avança para a liderança. Disse que queria lá chegar a tempo de "ajudar os seus amigos da Madeira".
José Manuel Rodrigues já disse que quer ver apressado o processo de definição da liderança a fim de o ter clarificado e definido aquando da campanha eleitoral.
Ora, Portas quer ajudar. Ajudar em quê?
Até agora só "desajudou". Desajudou a Madeira. Como?
Abstendo-se na altura devida, aquando da votação da Lei de Finanças Regionais.
Ou seja, esteve com o PS, criando uma situação grave para a Madeira ou não deixar que este partido ficasse isolado na defesa da lei.
Se toda a oposição estivesse estado contra a lei, a posição unilateral e isolada do PS poderia ser interpretada como acto de acção partidária contra a Madeira pelo Presidente da República, o que poderia ter dado outro destino à lei.

O PP não o permitiu, abstendo-se.
Portas e o PP serão (quase) tão "culpados" no processo como o PS.
É preciso ter esta situação muito presente, pois vão tentar a todo o custo branquear a situação na próxima campanha leitoral. Que estavam com os Açores, que o PP regional tinha manifestado a sua oposição, etc.

Para eles, basta fazer a pergunta correcta: como votaram a LFR? A favor da Madeira?
Não.
Então, quem não está conosco, está ... contra nós.
Essa é que é a verdade. Tudo o resto, serão manobras para despistar.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

domingo, fevereiro 25, 2007

Raça madeirense.

Ver aqui.

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

RESET - Demissão justificada

Desliga para começar de novo.
Foi feito o que tinha de ser feito.

Desta forma, com esta demisão, os madeirenses vão poder votar pela Madeira ou contra a Madeira. Nesse aspecto, a análise de Ana Drago, numa TV continental, foi clara.

O PS de cá e de lá está contra Madeira.
O PP é de meias tintas.
Pela Madeira estão os outros.
Neste aspecto, louve-se a posição da CDU e BE. No mínimo, coerentes.

O PS está aflito. Trocaram-lhes as voltas.
A prova da impreparação do PS é evidente. Seja para o que for. Nem para o discurso de resposta à demissão conseguiram articular duas palavras seguidas com o mínimo de consistência…
A vinda de Bernardo Trindade, prevista para o final do ano, seguida de actividades várias, como Estados Gerais (Regionais?) e outras, fica adiada por mais 3 anos.

Resta saber como será (re)calendarizado o "retirar do garrote", previsto para timings socialistas que viriam "sustentar" a tomada de poder... Tal como fez Guterres quando, nos Açores, César tomou posse. Lembram-se? Do perdão da dívida? Dos Açores... não da Madeira. Essa apenas o foi... por arrasto. Porque Guterres, ao contrário de Sócrates, tinha vergonha na cara.

Serrão, o mau da fita que se afastaria (ou seria afastado, depois de usado como capacho de Sócrates) terá que ser o cabeça de lista (incómodo) do PS na candidatura a Presidente do Governo (hahahaha).
Relembro a triste análise de Serrão ao resultado do referendo. Ignorou por completo o voto dos madeirenses (massivamente contra) e colou-se ao resultado nacional e a Sócrates. Mais sabujice, impossível…
Sócrates vai estar entretido com a sua Presidência da UE e terá pouco tempo para ajudar Serrão a inverter tudo o que de negativo fez à Madeira. Provavelmente até o descartará… ignorando-o, por ser uma luta inglória.

Enfim, uma jogada de mestre.

Diz a oposição que as eleições em nada mudarão a situação, pois a LFR será a mesma. Falso. Antes, AJJ tinha um Programa de Governo feito à medida de determinadas condições financeiras. Com novas eleições, fará RESET temporal a uma série de objectivos. Ajustará o mesmo PG a outras condições que lhes foram impostas. De fora. Pelos “socialistas de Lisboa”. Logo, tudo fica (o que for feito) justificado pela acção negativa daqueles. Quanto aos da Madeira. São pequenos e meros “representantes”. Contra a Madeira.

AJJ poderá, agora:

1)Introduzir a emotividade que pretende nestas eleições. Pela Madeira, o PSD. Contra a Madeira, o PS. Os madeirenses têm a faca e o queijo na mão. Basta votar e dizer de sua justiça.

2)Fazer as listas eleitorais com mais à vontade, face à emotividade e pressão latente. A redução do número de eleitos seria muito mais penalizante noutras circunstâncias, mais normais.

3)Refazer o Programa de Governo (alongando os prazos, no tempo, do que falta do actual, acrescentando uma ou outra obra) e adapta-lo às novas circunstâncias (menos financiamento comunitário, principalmente, para estruturas viárias).

4)Reformular a sua máquina administrativa, tirando da gaveta as indicações dadas pelo PREMAR, com a primeira análise macro recentemente concluída.

5)Reformular o modelo de desenvolvimento vigente (que vingou com outras bases de financiamento), apostando mais em iniciativas particulares, público-privadas e na internacionalização.

6)Corrigir algumas opções tomadas no passado, de difícil correcção face a alguns clientelismos criados. Agora, com bodes expiatórios bem identificados, e no início de uma legislatura, muitas alterações serão mais facilmente justificáveis e levadas para a frente…

7)Endereçar as culpas de tudo o que de mal suceder (ou for necessário) para cima do PS e de Sócrates. De tudo o que fizer reduzir o bem estar dos madeirenses. Afinal, todos vão sofrer as consequências de haver menos dinheiro disponível. Todos, incluindo quem (enganado) votou PS em eleições anteriores.

Finalmente, Sócrates.

Não poderá ignorar, mesmo que o queira fazer crer, uma derrota esmagadora do seu representante na Madeira. Terá que refazer as suas atitudes arrogantes para com a Madeira. Ou arrisca-se a criar uma região mártir no seu País, de onde partirá toda uma contestação ao seu centralismo socialista. Logo, logo, o resto do País (fora de Lisboa) irá contornar a barreira de poeira lançada pela comunicação social nacional sobre tudo o que se passa a partir de Lisboa e alinhará, com a Madeira, no derrube de Sócrates.

E, para isso, AJJ já se disse disponível.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Liberdade versus diversidade

Confirmando a estratégia (escreve Tolentino, carregam os colunistas) vem hoje o Público com uma análise de Amílcar Correia onde se divaga sobre a liberdade de expressão na RAM.
Tolentino escreve sectáriamente e livremente (que estranho, da Madeira, onde a liberdade não existe...).
Escreve só sobre assuntos negativos, como qualquer profeta da desgraça.
Depois, os outros, sem saberem da missa metade, pois só conhecem a Madeira a partir da pena de Tolentino, tratam de carregar sobre o assunto tornando ainda mais negra a mensagem parcial e sectária do correspondente na Madeira.
E assim passa a ser a Madeira, para o leitor do Público...

Hoje, o Sr. Amílcar tenta defender o indefensável. Que não há liberdade de expressão na Madeira. Só porque um dos Jornais tem uma determinada linha de orientação.
Saiba o Sr. que, na Madeira há liberdade de imprensa. E que a imprensa regional é, na sua maioria, avessa ao poder. E que não havendo Jornal da Madeira, não haveria diversidade. E que sem diversidade não há liberdade.
Sim. O Jornal da Madeira depende daqueles dinheiros. Podem ser colocadas todas as questões sobre o financiamento. O Tribunal de Contas pode fazer recomendações que quiser (apesar de não o dever porque se imiscui na área da decisão executiva), mas na Madeira, todos sabem que, sem o Jornal da Madeira, desapareceria a diversidade de opinião. E, com ela a tal liberdade tão cara a estes "articulistas" de esquerda...
Custa-lhes muito a argumentação contrária. Contradições. Próprias.

Mas mais: porque não estabelecem, estes comentaristas, um paralelo com o financiamento público da RTP e RDP? Onde está a diferença? E chamem o que quiserem ao apoio: taxas obrigatórias, subsídios compensatórios, serviço público. É tudo o mesmo: dinheiros públicos ao serviço de uma corrente opinativa...

Alberto João Jardim, sobre o assunto.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Jornal da Madeira

Prosseguindo a sua cruzada, o Público faz referência, hoje, dia 5 de Fevereiro, aos apoios do Governo Regional ao Jornal da Madeira. Claro que é incapaz de estabelecer paralelos com os apoios à RTP...
E vai daí, pega em "advertências" do TC a alguns processos pontuais (de alguns milhares de euros) e passa a mensagem de que têm alguma coisa a ver com os 5 milhões indicados. Alhos com bugalhos...
Transferências claras, transparentes e, como se vê, sujeitas a fiscalização.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Aeroportos no Público

Notícia de hoje na 1ª Página do Público:
"Aeroporto da Madeira é o único do País, certificado pelo INAC".
Acreditaram?

Notícia impossível. Iria dar nas vistas...

"Há pelo menos sete aeroportos portugueses com tráfico internacional - Lisboa, Porto, Faro, Porto Santo, Ponta Delgada, Terceira e Santa Maria - que nunca foram certificados".

Esta foi a verdadeira notícia.

Dão-se ao trabalho de nomear todos os não certificados, apenas para omitir o facto (positivo) no que concerne à Madeira...
Publicotices...