quinta-feira, maio 10, 2007

Agora, independentista

O inenarrável Eduardo Prado Coelho, no Público de hoje, dá um salto à Madeira. Como sempre com ideias "novas". Então, defende a independência de Portugal face à Madeira. Depois, repete uma história (tendenciosa e mentirosa) que leu ou ouviu algures, de uma inauguração de uma estrada para uma tal de Maria que AJJ já desmistificou ontem na RTP-Madeira. Claro que EPC não vê a RTP-Madeira. Tal como os leitores do Público. Assim, fica para a História e para quem lê o Público que tudo aquilo aconteceu assim... como convém a esta malta.
Parafraseando EPC, "o grande problema..." coloca-se assim: "será que pessoas como estas..." (EPC) "nunca têm dúvidas sobre o que estão a" escrever? "Será que não acordam à noite a perguntar: estarei a fazer bem? Não poderei fazer o contrário do que estou a fazer?"
Ou seja, tentar saber um pouco mais sobre a Madeira (que não apenas o que leio no Público, leia-se, escrito por Tolentino) e então, esclarecido, escrever mais construtivamente?

terça-feira, maio 08, 2007

Eleições para mudar LFR?

Demagogia.
A (manipulada) comunicação social nacional está a querer passar a mensagem socialista de que as eleições foram plebiscito (sobre a LFR) e que a intenção de AJJ era conseguir a sua alteração. Um absurdo nunca referido por ele.
Conseguiram inclusive respostas do Ministro das Finanças e do Primeiro Ministro nesse sentido. Quem não iam alterar a Lei.
Mas quem lhes pediu isso?
Mas mais. Vão dizendo que a reunião de AJJ, marcada com o Presidente da República destina-se a lhe pedir para pressionar o 1º ministro a alterar a lei...
Finalmente, que as eleições, por isso mesmo (porque não foram o bastante para alterar a lei) não serviram para nada.
AJJ já disse que houve eleições porque lhe foi (à Madeira) retirado recursos a destempo. E que, agora, só pretende que lhe libertem mais competências para percorrer outros caminhos, distintos dos dos socialistas, que permita à Madeira continuar a crescer, mesmo que com menos recursos vindos do Orçamento de Estado. Tão só.
Finalmente e mais uma vez: as eleições nada mudaram? Perguntem isso ao PS regional...

Triatlo

Como é usual, Madeira não é Portugal...
O Público de ontem, 7 de Maio informa que se realizou, "pela primeira vez, em Lisboa e em Portugal" uma etapa da Taça do Mundo de Triatlo. Falso.
Em 2004, realizou-se uma na Madeira (Funchal). E nem foi uma qualquer. Foi a mais importante, em termos anuais. Aí disputou-se o Campeonato do Mundo, competição que é realizada apenas uma vez por ano, numa das etapas da Taça do Mundo.
O Público de hoje, numa retrospectiva de carreira de Vanessa Fernandes, refere o 5º lugar que obteve, nessa competição, na Madeira...
Segundo soubemos, não está o Público isolado neste tipo de erros: a própria Federação manteve informação no seu site neste sentido. Incrível...

segunda-feira, maio 07, 2007

Comentadeiros do Público

Sobre as eleições, dois comentários no Público:
No primeiro, Rui Moreira começa por reconhecer obra feita na Madeira. Depois, descamba ao chamar leviano ao eleitorado (que superioridade têm sempre estes comentadeiros...) que garante que Jardim se mantenha no poder. Finalmente, repete a afirmação redundante (como lhe devem pedir que faça quando se refere à Madeira) que o Continente sustenta financeiramente a Região. Será que o homem não sabe para que serve uma lei de financiamento? Que não pode se referir apenas à distribuição de recursos? Porque estes (também) foram recolhidos junto aos destinatários?
No segundo, mais boçal e superfícial, Almílcar Correia, recorre ao argumento socialista de que os resultados se deveram ao cariz plesbiscitário da eleição. Repete (como verdadeira) a ideia mentirosa lançada por Tolentino de que Jardim nem tinha programa e (também) repete que Jardim quer mais dinheiro de Lisboa. Questiona Sócrates pelo desapoio dado a Serrão. E pergunta-se se a situação alterou alguma coisa. Como bom socialista diz que não: "tudo ficará na mesma". Que análise mais errada.
1)Jardim não pediu mais dinheiro. A realidade é que lho retiraram. Através de "multas" justificadas por "interesse público" e de uma nova lei, criada para o efeito (chincana política e garrote financeiro).
2)Jardim tinha e tem programa: o de 2004 que era para cumprir até 2008 e cujo prazo de realização foi alargado até 2011. Afinal, justifica-se fazer o mesmo em mais tempo uma vez que o garrote financeiro lhe foi, a destempo, imposto.
3)Jardim ganhou toda a força que precisava. Agora, até pode ser diplomata com o Continente. E fazer a mudança interna que lhe aprover fazer... E as dificuldades que se viverão no processo de adaptação às novas condicionantes financeiras terão, ainda e sempre, o mesmo culpado: o corte financeiro dos socialistas.
4)Finalmente, nada ficou (para o PS) como dantes. Um nó a desembaraçar. Continuarão culpados de todos os processos de mudança que possam ser levados a cabo.
Afinal, estas eleições não mudam a LFR. Nem era de esperar por isso.
Mas mudam tudo o resto...
Na medida que Jardim quiser. Pois ganhou esse direito.
Por muito que não gostem os comentadeiros do Público.
Tolentino, hoje, foi factual. Como deveria ser sempre.

Lembranças

PSD: este resultado pode não atingir as percentagens de outros, nos anos 80 mas atinge o máximo em votos expressos.
PS:o desastre só tem paralelo nos (mesmos) anos 80 pelo efeito PRD de Eanes.
Pelo que a vitória é mesmo retumbante e a derrota esmagadora. Sem desculpas, nem atenuantes.

domingo, maio 06, 2007

Resposta

Resposta dada pelos madeirenses.
A Sócrates (que dirá que não é com ele...)
PSD 33, PS 7, PP e CDU 2, BE, PND e MPT 1
Vencedor único AJJ.
Positivos PND e MPT.
Normal CDU e BE.
Derrotados PS e PP (aquela abstenção...).

Serrão fez o discurso do mau perdedor mas ... esqueceu-se de reclamar ter tido só 14,89% dos deputados (7 em 47) quando teve 15,42% dos votos. Uma injustiça (:-) que deve ser reparada para haver democracia na Madeira...

Mas, fica. Ufa... o jovem Trindade fica liberto desta travessia do deserto...

sexta-feira, maio 04, 2007

Sem programa?

No encerramento da campanha, Tolentino, no Público dedica duas páginas à curtição de uma enorme frustração.

http://jornal.publico.clix.pt/main.asp?dt=20070504&page=6&c=A

Tendo já interiorizado os resultados das sondagens (os verdadeiros números, no Domingo, não deverão serão tão incisivos), utiliza duas (grandes) páginas do seu jornal para verberar o seu amargo de boca, a espinha da garganta e o engolir em seco no culminar de um processo duro para ele.

Começa por se referir ao facto de Jardim concorrer a novo mandato sem programa de governo. Falso. O Programa de Governo foi apresentado em 2004. Para ser concretizado até 2008. Se as regras (leia-se, financiamento) não se tivessem alteradas por Sócrates, por motivos políticos-partidários (interesse público, diz o MF…): o célebre garrote com vista a 2008… Contas furadas.
O que justificou (“serviram de pretexto” diz Tolentino) as presentes eleições.
Ora, Jardim refere-se constantemente que uma das 6 prioridades é cumprir o Programa vigente, desde 2004. Se com menos dinheiro, logicamente, em mais tempo (até 2011).

Faz a “sua cronologia” negativista (únicos) através dos assuntos mais relevantes que originaram artigos seus no Público ao longo de um ano e que, do seu ponto de vista conduziu o processo até ao momento actual.

Interessante é a afirmação (duplicada em cada uma das páginas) de que a LFR apenas vem “impor o rigor e disciplina orçamental exigidos a todas as instituições do Estado”. Quando, sabemos que ao Continente se exigiu contenção, aos Açores se deu mais dinheiro e à Madeira… tirou-se.

E volta a falar do “perdão de dívida de Guterres à Madeira no valor de 110 milhões de euros”. Quando todos sabemos que isso não aconteceu. O que aconteceu realmente, nessa altura, foi um aliviar de responsabilidades financeiras aos Açores onde César era Presidente socialista recente, precisando de um balão de oxigénio orçamental a fim de se segurar (o que aconteceu) nas eleições seguintes. Como Guterres tinha uma ponta de vergonha na cara (e não tinha uma maioria – arrogante – absoluta na Assembleia) teve que dar o mesmo à Madeira. Pois 110 milhões era a dívida exacta dos Açores e não da Madeira (um pouco maior).

Até Domingo:

O meu palpite, se a mensagem laranja de que é preciso mesmo ir votar e que só se ganha com votos no dia da votação: PSD 60% (31), PS 21%(10), PP 6%(2), CDU 5%(2), BE 4%(1), MPT 3%(1), PND 1%(0).