sexta-feira, outubro 21, 2005

Sem alternativa

Miguel Sousa Tavares volta, hoje, no Público a "atacar" a Zona Franca da Madeira. Um dos seus alvos predilectos e uma parte daquela que classifica de "economia batoteira". Poderá ter alguma razão quanto à necessidade e ao efeito da existência de zonas francas financeiras. Mas nenhuma razão, em relação a esta, em particular, num Mundo onde, quer Sousa Tavares queira, quer não queira, existem zonas francas...
Um pouco como a globalização e os seus efeitos. Goste-se ou não se goste, temos que nos adaptar a ela.
Assim, existindo "off-shores" por todo o Mundo, é preferível que exista um em Portugal. Controlada por Portugal, com leis portuguesas.
De outra forma, como refere, as movimentações financeiras estariam a ser feitas em qualquer um dos outros "off-shores" espalhados pelo Mundo, sem proveito (existe sempre alguma mais-valia) fiscal para o País. Diz MST que prefere ter essas práticas longe, uma vez que não as pode evitar. É a opinião dele. Desconfio que essa preferência apenas advém do facto da tal (mesmo que baixa) mais-valia ficar na Madeira...
Finalmente, a confusão do costume entre o instrumento e o crime. Tal como a faca não tem culpa de ser utilizada pelo assassino, não podemos culpar a Zona Franca e questionar da sua existência só porque alguns alegados criminosos a utilizam...

Sem comentários: