Sobre as eleições, dois comentários no Público:
No primeiro, Rui Moreira começa por reconhecer obra feita na Madeira. Depois, descamba ao chamar leviano ao eleitorado (que superioridade têm sempre estes comentadeiros...) que garante que Jardim se mantenha no poder. Finalmente, repete a afirmação redundante (como lhe devem pedir que faça quando se refere à Madeira) que o Continente sustenta financeiramente a Região. Será que o homem não sabe para que serve uma lei de financiamento? Que não pode se referir apenas à distribuição de recursos? Porque estes (também) foram recolhidos junto aos destinatários?
No segundo, mais boçal e superfícial, Almílcar Correia, recorre ao argumento socialista de que os resultados se deveram ao cariz plesbiscitário da eleição. Repete (como verdadeira) a ideia mentirosa lançada por Tolentino de que Jardim nem tinha programa e (também) repete que Jardim quer mais dinheiro de Lisboa. Questiona Sócrates pelo desapoio dado a Serrão. E pergunta-se se a situação alterou alguma coisa. Como bom socialista diz que não: "tudo ficará na mesma". Que análise mais errada.
1)Jardim não pediu mais dinheiro. A realidade é que lho retiraram. Através de "multas" justificadas por "interesse público" e de uma nova lei, criada para o efeito (chincana política e garrote financeiro).
2)Jardim tinha e tem programa: o de 2004 que era para cumprir até 2008 e cujo prazo de realização foi alargado até 2011. Afinal, justifica-se fazer o mesmo em mais tempo uma vez que o garrote financeiro lhe foi, a destempo, imposto.
3)Jardim ganhou toda a força que precisava. Agora, até pode ser diplomata com o Continente. E fazer a mudança interna que lhe aprover fazer... E as dificuldades que se viverão no processo de adaptação às novas condicionantes financeiras terão, ainda e sempre, o mesmo culpado: o corte financeiro dos socialistas.
4)Finalmente, nada ficou (para o PS) como dantes. Um nó a desembaraçar. Continuarão culpados de todos os processos de mudança que possam ser levados a cabo.
Afinal, estas eleições não mudam a LFR. Nem era de esperar por isso.
Mas mudam tudo o resto...
Na medida que Jardim quiser. Pois ganhou esse direito.
Por muito que não gostem os comentadeiros do Público.
Tolentino, hoje, foi factual. Como deveria ser sempre.
2 comentários:
Caí neste blogue por mero acaso. Perante esta vergonhosa e doentia manipulação (não entra na cabeça de ninguém fazer um blogue contra um jornal), fico cada vez mais a admirar o corrspondente do Público na Madeira. Essa ilha é pior que Cuba do pensamneto único. Pelo menos de lá vêm bons charutos.
Anti: do outro lado, em complemento, em contraditório. Não contra forçosamente, mas também, algumas vezes.
Quem não gosta olha para outro lado...
Se tem outro pensamento, desembrulhe-o. Cada um tem o seu.
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