Jaime Gama elogiou Alberto João Jardim. Logo veio abaixo o Carmo e a Trindade (socialista). Timidamente, alguns analistas referiram-se a um novo rumo traçado pelos grandes timoneiros da nação nas relações com o Presidente do Governo regional.
Fácil de entender: o PS (quem manda) já entendeu que contra Jardim não vai lá. Entre as possibilidades de ter Jardim até 2015 e ter que engolir sapos até 2011, escolheram a segunda via.
Sabem bem eles que a Jardim, basta que lhe dêem uma razão de luta para ficar. Porque, já foi ele dizendo, não é homem para abandonar o barco a meio da travessia.
Assim, os socialistas que mandam (não as figurinhas tristes da Assembleia) já decidiram que vão tentar a todo o custo lançar os tapetes vermelhos e muita manteiga para que Jardim saia normalmente em 2011. Para lançar mão, aí, de Bernardo Trindade que espera e desespera (qual príncipe Carlos) à espera da oportunidade de concorrer. Mas não contra Jardim.
Jardim já topou a estratégia e já a virou a seu favor. Primeiro esmaga os socialistas regionais. Os tais de “pé de chinelo”. Realmente, a estratégia é interessante para quem se prepara para vir, mas é de uma violência (ingrata e) tremenda para os (socialistas) que lá estão agora. Depois, traça objectivos de monta e estica a corda até onde pode no que se refere aos pontos de conflito que aí virão. Principalmente com a revisão Constitucional e Estatuto Político-Administrativo da RAM. E, para entreter, até lá, com um pacote legislativo e/ou regulamentar para testar e provar a “parede” legal que o actual texto constitucional se tornou, personificado no Representante da República (de interpretação restritiva absoluta, ao invés do que faz o seu colega açoriano).
Pelo que, pelo menos por agora, vamos assistir a um desfile de acções de despedida elogiosa a Alberto João Jardim, com o único fito de não lhe dar razões para que fique. E este, entendido, sabido e raposa como é, vai esticar a corda até ao limite. Saindo, mas ganhando para a Madeira tudo o que tiver para ganhar. Ou não saindo, se lhe derem razões para uma nova batalha estendida até 2015. Para desespero, de novo, do “príncipe Carlos” (Trindade) … e de quem o suporta.
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