terça-feira, março 18, 2008

Estádio dos Barreiros pode ser do Marítimo

Marcelo Rebelo de Sousa apresentou parecer que indicará (segundo a comunicação social) a possibilidade legal do Governo Regional entregar o Estádio dos Barreiros ao C.S.Marítimo, sem problemas de maior. Aparentemente, não ao Marítimo SAD, mas ao C.S.Marítimo Clube, entidade de interesse público desportivo.
Quanto ao uso desportivo do espaço nunca esteve em causa. Destina-se ao futebol como era utilizado aquando da sua cedência (condicionada) ao Estado, pelo grupo de empresários que há muitas dezenas de anos salvaram o anterior dono (o C.D.Nacional) da bancarrota, adquirindo-lhe aquele bem.
É inclusive essa limitação concreta (uso desportivo) que atribui ao terreno um valor reduzido (cerca de 6 milhões de euros) e nao de 30 milhões (ou mais como chegou a seu publicado) que poderia atingir se não existisse essa limitação. Valor (de 6 milhões) que logo se esfuma quando se avalia o custo da intervenção, obrigatória, que tornará o estádio... num Estádio.
De salientar mais 3 situações:
O espaço agora a ceder terá quase o dobro da área cedida pelo tal grupo de empresários. Logo, nem toda a área terá o respectivo uso limitado...
A pista de atletismo não existia nessa altura, pelo que não se coloca a hipótese aventada publicamente, de haver qualquer obrigação em mantê-la. Sem prejuizo de outras razões, mais actuais, nesse sentido.
Alguns falaram em "fantasias" para além do Estádio. Outros chamaram a essas fantasias "actividades" que trariam ao mesmo alguma rentabilidade e características de "comercial", tal como está previsto em Programa de Governo.
Intenção várias vezes repetida pelo Presidente do Governo, obvia e positivamente, para evitar o aparecimento de mais um "elefante branco" deste tipo.

A 6 de Fevereiro último Tolentino ocupou duas páginas do "Público" anotando que a lei impedia a doação, que a "oferta valia 50 milhões" e que o campo era do Nacional. A verdade é que, agora, totalmente contrariado, remete-se ao silêncio...
Para os leitores do Público fica presente, apenas, a (falsa) informação anterior.

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